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7 de jul. de 2015

Não me dê suas rosas

Digamos que eu seja um pouco medrosa demais pra lhe falar o que nem sei ao certo se soaria bem aos ouvidos de quem ouve. E já adianto que não sei chegar diretamente ao ponto. Tenho uma mania de explicação irritante. Tolice minha, eu sei, mas faz parte de mim ter a necessidade de garantir que as pessoas me entendam, quando na verdade, nem eu mesma consigo entender. O verbo amar é a minha melhor conjugação, e eu daria tudo pra ter perdido algumas aulas de português. Tudo bem, eu sei que evitar o amor não é algo que esteja ao meu alcance, mas torná-lo tão presente na minha vida tem acabado aos poucos comigo. E não falo de amor, no geral. Eu falo desse amor desenfreado que a gente tem a mania de sentir por alguns desconhecidos da vida. Eu preferia amar as flores, porque eu sei que o maior machucado que elas deixariam em mim seria um arranhão ou dois, causados pelos espinhos, quando eu passasse apressadamente por entre as rosas. Mas meu coração decidiu amar você. Eu bem que tentei avisar que as roseiras eram mais sutis, mas ele ignorou. Vai ver quis acreditar. Eu deixei porque não tinha o que fazer. Sei bem quando ele quer muito se entregar à alguém, e dessa vez, meu bem, eu tive medo de que não sobrasse nada pra mim. Então, que o medo bobo seja perdoado, e que toda a introdução seja válida. Essa mania de explicação deve existir por algum motivo, que eu particularmente prefiro não saber qual é. Enfim, garanto-lhe um coração tranquilo, que quis enlouquecidamente despejar em você, todo aquele amor que vinha sendo guardado. E no fim de todas as contas, só peço que o trate bem. Não será surpresa pra mim quando fores embora, mas será pra ele, como passar apressadamente por um oceano de rosas.

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