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23 de jul. de 2015

Não se obrigue a esquecer


Esquecer parece uma palavra difícil pra você? Se não, é porque você não sabe a dificuldade que é colocá-la em prática. Mas eu te garanto que depois que é preciso fazer isso, tudo fica bem mais complicado. Por quê? Eu explico! Você passa dia e noite conversando com uma pessoa. Se abre, se solta, se sente livre pra poder fazer e falar o que quiser com ela, sem o receio de que algum dia tudo isso acabe e te deixe um vácuo. Pensa que o que está vivendo naquele momento com ela vai permanecer sempre lindo e em perfeita sintonia. Deixa de lado seus medos, suas decepções. Ganha uma nova rotina, que deixa de ser chata e sem graça, desde que uma só pessoa faça parte do seu dia. Se acostuma a mandar uma mensagem sempre que vê alguma coisa que lembre ela. Conta como foi seu dia, e sabe como foi o dia dela. Ouve uma música qualquer, mas não consegue deixar de pensar nela. Em qualquer mínimo detalhe, você vai lembrar. E por um bom tempo. Pode ser por dois meses, quatro, um ano, ou a vida toda. Enquanto ela significar algo pra você vai ser assim. Mas não adianta querer ter a certeza de que é ela que vai ficar ali pra sempre, porque você não sabe se é. Então pro caso de não ser, esteja preparado! É, se prepare pra conhecer um alguém que pareça te completar inteiramente. Que você jura conhecer como ninguém, mas que no fim percebe que não conhecia quase nada. Talvez você conheça o alguém que fez esta pessoa se tornar com você, mas vai ter que se preparar de qualquer jeito. Porque pode ser que você seja obrigada a esquecer tudo isso. E esquecer assim, é a pior parte. Se forçar a deixar de lado tudo que um dia te fez tão bem. Te fez rir descontroladamente, chorar de raiva, ou só serviu de passatempo mesmo (aliás, o melhor passatempo). Esquecer vai se tornar uma palavra assustadora, que vai te obrigar a empurrar pra longe, o que você queria o mais perto possível. Mas não precisa esquecer por completo os momentos, as conversas, os risos, as declarações disfarçadas em forma de música. Esqueça apenas enquanto for necessário. Enquanto você aprende a lidar com o fim de tudo daquele jeito perfeitinho que costumava ser. Mas, depois, quando essa fase difícil passar, lembre de novo. Não vai te fazer mal nenhum. Aliás, vai lhe arrancar bons risos. Porque apesar de ter acabado, um dia foi bom. Foi muito bom. E o que é bom não tem porque ser abandonado com rancor. Quem sabe um dia vocês não se encontram em uma sorveteria qualquer, e soltem altas gargalhadas ao lembrar das besteiras que diziam? Ou se abracem por saberem que um dia fizeram tão bem um ao outro? No fim das contas, valeu a pena não é mesmo? Quando seus filhos estiverem com a sua idade você vai contar pra eles que algumas pessoas, apesar de não terem permanecido, foram responsáveis por sentimentos e experiências que você nunca teria vivido, se tudo não tivesse acontecido exatamente como aconteceu. Ninguém passa na vida da gente por acaso...                                                                                                                                                

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